segunda-feira, 30 de abril de 2012




O PRESIDENTE ALEXANDRE KALIL E SUA (MUITO) INTERESSANTE ENTREVISTA


No último sábado assisti a uma interessante (e engraçada) entrevista do presidente do Clube Atlético Mineiro, dada no programa BASTIDORES, do Premier FC. Tratava-se de uma reapresentação (não fiquei sabendo da data da transmissão original) e, logo de início, chamou-me a atenção uma grande falha na programação da emissora: a reapresentação (salvo engano no canal 123) ocorreu justamente durante o primeiro tempo do jogo do Galo pelas semifinais do campeonato mineiro, que era transmitido ao vivo em Pay Per view no canal 127. Parece que os caras não queriam que a torcida do Atlético assistisse à entrevista... Bem, de qualquer forma, em face dos recursos tecnológicos disponíveis pude ver ambos: o jogo, sem áudio, e a entrevista, com áudio, no canto da tela.

Kalil, com sua paixão exacerbada pelo clube que dirige e, por isso mesmo, apresentando alguns dados equivocados (se de propósito ou por falha de memória jamais saberemos) demonstrou grande conhecimento a respeito dos bastidores que envolvem o esporte mais popular do Brasil. É realmente uma figura hilária (no bom sentido), o que cativa a simpatia (desconfiada) até mesmo dos torcedores do maior adversário do alvinegro.

Entre algumas “bobagens”, falou que a até 15 anos atrás, o Galo não possuía adversário em Minas e que só tinha como adversário no Brasil o Flamengo. Concordo que isto ocorreu durante toda a década de 80, mas de lá prá cá o Atlético perdeu completamente sua hegemonia no Estado de Minas Gerais. Desde 1990, ou seja, há 22 anos, quem praticamente não tem adversário dentro do próprio Estado é o Cruzeiro...

Ele disse também, talvez com razão, que o atleticano não torce por títulos, mas pelo Atlético. Certo, mas quem torce para um clube perder? Todos que torcem para seus clubes, com certeza, torcem para que CONQUISTEM TÍTULOS. Não há razão em simplesmente torcer por torcer. Torce-se para que se ganhe alguma coisa. Se é verdade a assertiva do Presidente, talvez isso explique o total descomprometimento de alguns atletas que passaram pelo clube ao longo destes anos tenebrosos, quando praticamente nada foi conquistado pela equipe, ao ponto de, ao que alguém comentou comigo, em uma mesa de bar jogadores alvinegros teriam dito que o que menos importa quando se joga no Galo é vencer. E que quando a situação está ruim, bastaria ganhar um clássico que tudo voltaria a ficar bem...

Estranhamente, em outra parte da entrevista Kalil disse que o torcedor atleticano é muito exigente (aparentemente contradizendo o que falara antes, ao afirmar que o atleticano não torce por títulos mas simplesmente pelo clube). Assim sendo, quando ele teria dito a verdade? Ao que parece, a presença de público nos jogos do Galo responde a questão: estando a equipe bem ou mal a presença de público é sempre grande. Ora, torcida exigente não comparece ao estádio quando as coisas estão ruins.

Mas, justamente este comportamento apaixonado, que o leva a até mesmo se contradizer para defender seu clube e sua torcida, é que faz do Presidente Alexandre Kalil uma figura interessante, engraçada, às vezes soberba, às vezes simpática, mas, sem dúvidas, agradável de se ouvir.

No programa ele abordou diversas questões interessantes do mundo do futebol. Foi corajoso ao mencionar que para que o futebol brasileiro possa evoluir, terá que adotar a política usual na Europa: transformar o público dos estádios. Segundo ele, doravante os simples torcedores deverão ficar em casa, assistindo aos jogos pela TV. Aos estádios deverão comparecer os consumidores. São estes que manterão os clubes, adquirindo, no calor da emoção das partidas, os produtos dos clubes à venda nos estádios. Em suma, os pobres, que não podem pagar preços maiores pelos ingressos e nem consumir, devem ficar em casa. O público dos estádios deverá ter poder aquisitivo para pagar preços justos, em valores similares aos dos espetáculos de teatro ou shows, e poder adquirir produtos licenciados que estarão disponíveis ao consumo. Esta elitização do público futebolístico aumentaria a arrecadação das agremiações e reduziria a violência nos estádios e em seus entornos. Tem toda razão o presidente e temos que reconhecer que ele foi demasiadamente corajoso (macho mesmo!) para o dizer publicamente. Mas é assim que ocorre na Europa, o que permite aos seus clubes importarem nossos melhores atletas.

Kalil também criticou com veemência a CBF, que empurra goela abaixo dos clubes as tabelas e regulamentos das competições oficiais. As agremiações, que efetivamente fazem o espetáculo, sequer são consultadas a respeito. Não possuem uma cadeira dentro da entidade maior do nosso futebol. Mais uma vez, não merece nenhum reparo a fala do Presidente. Simplesmente perfeito!

Teceu ele, também, sérias críticas à forma como se está investindo na realização da Copa do mundo. Mencionou especificamente os absurdos das construções de grandes estádios em Cuiabá e Manaus, bem como a reforma gigantesca que está sendo realizada no Mané Garrincha (em Brasília). São estádios que ficarão completamente ociosos após a Copa. Criticou também o altíssimo investimento na construção do Itaquerão, quando se poderia muito bem simplesmente reformar o Morumbi. Afirmou nada ter contra o Corinthians, tampouco quanto à sua intenção de ter seu próprio estádio, mas contra o enorme investimento que está sendo realizado nesta empreitada, simplesmente para que a cidade de São Paulo possa abrir a Copa (evento que dura apenas um mês). Concluiu que toda essa dinheirama poderia estar sendo revertida para construção de hospitais, escolas, redes de saneamento básico, segurança, etc.

Mencionou o absurdo das exigências da FIFA quanto à rede hoteleira e à mobilidade urbana. Ora, por quê tamanha exigência se as cidades sede receberão poucas partidas e durante pouco tempo? Se fosse uma Olimpíada, que se concentra em apenas uma cidade, aumentando enormemente o fluxo de turistas, atletas, imprensa, segurança, etc., seriam razoáveis tais exigências, mas a Copa do Mundo não trará tamanho aumento de público às cidades sede para justificar tanta exigência. Citou ainda como exemplo o Mineirão: inicialmente mencionou que o Mineirão é a única estrutura de concreto que encolhe. Antigamente, cabiam nele 140.000 pessoas e agora só caberão 65.000. Acrescentou que durante os 40 anos em que no Mineirão cabiam 140.000 pessoas, as vias de acesso sempre comportaram tal movimento. Agora, que só cabem 65.000, as avenidas de acesso deverão ser demasiadamente ampliadas, alargadas, modernizadas, etc. Por fim, concluiu que não é contrário à realização das obras de mobilidade urbana, mas à sua imposição como condição para a realização da Copa. Outra vez mais, perfeito o Presidente alvinegro.

Nossos sinceros parabéns por suas sábias palavras Presidente Alexandre Kalil.

 Abração a todos.


domingo, 29 de abril de 2012



 

FINAIS DIFERENTES EM MINAS E RS:
INTER x CAXIAS e
ATLÉTICO X AMÉRICA
 

Neste domingo, no Estádio Beira Rio em Porto Alegre, o Inter venceu o Grêmio por 2 x 1 e garantiu o título da Taça Farroupilha (segunto turno) com gols de Dátolo (36 do primeiro tempo) e Werley (10 do segundo tempo) para a equipe colorada e Fabrício (31 do segundo tempo) para o tricolor. O fato inusitado ficou por conta do sal atirado no banco do Grêmio por alguém do Internacional. Wanderley Luxemburgo fez mistério, entrou em campo com 14 jogadores e só anunciou a escalação da equipe quando os atletas assinaram a súmula. Mas de nada adiantou: O Inter venceu e agora faz a final do Gauchão de 2012 contra o Caxias, campeão da taça Piratini (primeiro turno).

Em Minas, neste sábado na Arena do Jacaré, o Atlético garantiu sua vaga na final do Estadual com um gol de André, aos 25 minutos do segundo tempo. Na primeira etapa a equipe da casa mandou no jogo criando algumas oportunidades mas sem conseguir marcar, enquanto o Tupi de Juiz de Fora se limitou a se defender. No segundo tempo a equipe do interior pressionou bastante nos primeiros 10 minutos, chegando a criar 3 chances claras de gol. Mas na sequência o Galo se impôs e fez seu gol, o que lhe ampliou a vantagem, já que o empate lhe garantia a classificação para a final.

Neste domingo, também na Arena do Jacaré, o América fez bonito, jogou melhor e venceu o Cruzeiro por 2 a 1. Tendo vencido também a primeira partida da semifinal por 3 a 2, o Coelho jogava pelo empate.

A partida começou equilibrada, mas o América fez seu gol logo no início, com  Victorino marcando contra aos 2 minutos. Aos 7 minutos o cruzeiro teve um pênalti a seu favor mas a cobrança de Wellington Paulista parou nas mãos de Neneca, que defendeu dando rebote para o próprio Wellington Paulista que chutou forte por cima do travessão.

Aos 26 minutos o Cruzeiro empatou com o próprio Wellington Paulista, terminando o primeiro tempo em 1 a 1. Já no segundo tempo o América se postou mais na defensiva, explorando os contra-ataques. Embora tenha jogado a maior parte do segundo tempo no campo do adversário, o Cruzeiro pouco criou e não teve nenhuma chance clara de gol (com exceção de uma bola na trave em cobrança de falta de Roger). Já nos acréscimos, aos 48 minutos, em contra-ataque fulminante, Fábio júnior recebeu livre dentro da área e sacramentou a classificação americana para as finais: América 2 a 1 Cruzeiro, com justiça.

Festa dobrada para a torcida americana que tem muito o que comemorar: Na última quarta-feira comemorou a reabertura do seu moderno estádio (Arena Independência); hoje comemora a classificação à final do estadual e nesta segunda-feira comemorará o centenário do clube. E ainda mantém a esperança de poder comemorar também o título estadual em decisão que se realizará em duas partidas contra o Galo, com vantagem para a equipe alvinegra que joga por dois resultados iguais.
 

Abração a todos.




quinta-feira, 26 de abril de 2012


AMÉRICA INAUGURA O NOVO ESTÁDIO INDEPENDÊNCIA COM VITÓRIA SOBRE ARGENTINOS e ATLÉTICO PERDE EM GOIÁS PELA COPA DO BRASIL

Foto da nova Arena Independência

Com gols de Alessandro aos 27 e 44 minutos do primeiro tempo o América venceu a equipe do Argentino Júniors na reinauguração do Estádio Independência. O primeiro gol do novo estádio, entretanto, foi marcado por um estrangeiro: o uruguaio Sebastian Balsas, que aos 25 minutos da etapa inicial marcou de cabeça para a equipe argentina.

O público foi de 5.998 pagantes e a renda, de R$ 244.020,00. Os quase seis mil lugares do anel superior, que apresentam problemas de visibilidade foram interditados. Assim, os torcedores presentes só ocuparam os lugares que apresentam boa visibilidade. E aqueles que compareceram gostaram do que viram e saíram elogiando a modernidade e o conforto da nova casa.

O Galo, por sua vez, não conseguiu se impor frente ao Goiás, no Serra Dourada, em Goiânia e acabou derrotado por 2 a 0 no primeiro confronto pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

Os gols do time esmeraldino foram marcados por Rafael Toloi, de falta, aos 11 minutos do primeiro tempo e por Ricardo Goulart, aos 5 minutos da etapa final.

Com o resultado a equipe Goiânia jogará por um empate, ou até mesmo por uma derrota por um gol de diferença na partida de volta, na próxima quinta-feira, na Arena Independência. Poderá ainda se ver classificado mesmo com derrota por dois gols de diferença caso consiga marcar na casa do adversário. Ao Atlético resta devolver os dois a zero para levar a decisão para os pênaltis, ou então vencer por três gols de diferença para se classificar direto.

Abração a todos.

quarta-feira, 25 de abril de 2012


EMOÇÃO E SURPRESAS NAS SEMIFINAIS DA LIGA DOS CAMPEÕES DA EUROPA

Com suas duas maiores e mais tradicionais equipes a Espanha chegou às semifinais da Liga dos campeões da Europa. Em uma delas se confrontaram Real Madrid x Chelsea e, na outra, Barcelona x Bayern de Munique. Sem dúvida, era opinião dominante ao redor do mundo que neste ano a competição seria decidida pelas equipes espanholas. O futebol, contudo, nos guarda muitas surpresas, o que faz dele um esporte apaixonante. Nas partidas de ida, jogando em seus domínios, ambas as equipes da casa venceram: Chelsea fez 1 a 0 e o Bayern impôs 2 a 1. Nas duas partidas os espanhóis foram mais presentes no ataque, mas ao final amargaram derrotas por um gol de diferença.

Decidindo em casa e dependendo de uma vitória Barcelona e real Madri eram favoritos absolutos. Nesta terça-feira, 24/04, o Barcelona teve amplo domínio da partida com a absurda posse de bola de 73 porcento. Fez um a zero, se viu beneficiado com a expulsão de um jogador adversário no início do segundo tempo e ampliou o placar, fazendo 2 a zero.

Comentaristas esportivos que transmitiam a partida pela TV, demonstrando que sabem tanto de futebol quanto conhecem de física quântica, chegaram a falar em goleadas. Alguns (Galvão Bueno, por exemplo) mencionavam 4 a 1. Outros chegaram a cravar 6 a 1 para o Barça (caso do grande vidente Casagrande, aquele mesmo que sugeriu a saída do Ronaldo Fenômeno em jogo decisivo da seleção brasileira contra a Turquia, na copa 2002, minutos antes que ele fizesse um gol “de bico” e classificasse o Brasil).

Pois bem, surpreendendo a todos, o meia Ramirez, em rápido contra ataque, diminuiu para os ingleses com um golaço por cobertura.

A partida se manteve na base do linha contra defesa, com o Chelsea demonstrando enorme garra e não permitindo que a equipe catalã criasse muitas oportunidades claras de gol. Algumas chances surgiram, claro, mas não se efetivaram em gols. O melhor do mundo, Messi, ainda perdeu um pênalti equivocadamente marcado pelo árbitro. Ao final da partida, na base do “abafa”, o Barcelona partiu para o ataque, porém, em contra-ataque fulminante nos acréscimos, Fernando Torres, cuja entrada em campo fora criticada por Galvão Bueno, entrou na área, driblou o goleiro e empatou a partida, garantindo definitivamente a classificação inglesa, que já se desenhava mesmo com o placar adverso em face do gol marcado fora de casa.

Nesta quarta, na capital espanhola, foi a vez do Real Madri decepcionar. Em jogo no qual demonstrou muita força de ataque, mas com várias chances perdidas, a equipe espanhola venceu por dois a um no tempo normal, levando a decisão para a prorrogação, já que se repetiu, de forma inversa, o placar do primeiro jogo.

Com o zero a zero na prorrogação houve a decisão por pênaltis. Inicialmente foi a vez do Real perder dois pênaltis consecutivos (Cristiano Ronaldo e Kaka), em defesas do goleiro alemão. Em seguida, foi o Bayern quem parou no goleiro adversário em duas cobranças, o que aumentou a emoção nas cobranças finais. Por fim, Sergio Ramos isolou sua cobrança enquanto Schweinsteiger converteu para os alemães.

Assim, contrariando todos os prognósticos, o Bayern de Minique decide em casa a Liga dos Campeões em jogo contra o Chelsea, para a frustração dos espanhois, que viram suas duas equipes serem eliminadas em casa.

Grande abraço.

sábado, 21 de abril de 2012



CRUZEIRO VENCE VOLEI FUTURO E É O CAMPEÃO DA SUPERLIGA MASCULINA 2012


Com parciais de 24 a 26, 25 a 18, 25 a 13 e 25 a 19 a equipe do Cruzeiro venceu à do Volei Futuro na manhã deste sábado em São Bernardo do Campo e sagrou-se campeã da superliga masculina de voleibol.

A equipe de Araçatuba contou com grande apoio de sua torcida, que se deslocou até a cidade do ABC paulista em 35 ônibus. A torcida cruzeirense também marcou presença e vibrou muito ao longo da partida.

No primeiro set o Cruzeiro chegou a abrir pequena vantagem e assim se manteve até a segunda parada técnica. Contudo, nos momentos finais cedeu a virada ao adversário, voltando a empatar o set em 24 a 24. Mas o Volei Futuro fechou o placar em 26 a 24.

No segundo set o jogo também se manteve equilibrado até a segunda parada técnica, mas sempre com ligeira vantagem para os mineiros. Estes, por sua vez, conseguiram ampliar a vantagem nos momentos finais e fechou o set em 25 a 18, empatando a partida em 1 set a 1.

No terceiro set o Cruzeiro também começou melhor e abriu pequena vantagem nos momentos iniciais. O Volei Futuro, entretanto, perdeu seu atacante Lorena por contusão e se desconcentrou, ensejando domínio total do Cruzeiro que fechou o placar em 25 a 13.

No quarto set o Volei Futuro abriu pequena vantagem inicial e assim se manteve até por volta do 14º ponto, quando cedeu o empate e a virada para o Cruzeiro, que fechou em 25 a 19. Final: Cruzeiro 3 sets a 1. Cruzeiro campeão.

Alguns jogadores celestes ainda receberam prêmios individuais como Wallace, Filipe, Serginho e Maurício (que recebeu os prêmios de melhor levantador da competição e melhor jogador da final).

O Cruzeiro jogou com William, Wallace, Filipe, Acácio, Maurício, Douglas e Serginho (líbero). Ainda entraram em quadra no decorrer da partida Daniel, Rogério e o cubano Sanches. Técnico: Marcelo Mendez.

Volley Futuro: Lorena, Ricardinho, Camejo, Vini, Michael, Dentinho e Mário Júnior (líbero). Também entraram Leozão, Evandro, Bob e Maurício. Técnico: Cezar Douglas

Grande abraço.

quinta-feira, 19 de abril de 2012


CRUZEIRO MANTÉM A ESCRITA: JOGA APENAS UM TEMPO, MAS CONSEGUE RESULTADO POSITIVO.



Consolidando uma tendência que já vem sendo demonstrada ao longo das últimas semanas, o Cruzeiro se esqueceu de que uma partida de futebol é composta por duas etapas e nesta noite, na Arena do Jacaré, somente entrou em campo no segundo tempo.

Na segunda partida do confronto com a Chapecoense, valendo uma vaga para as oitavas de final da Copa do Brasil, o Cruzeiro voltou a ser apático no primeiro tempo e proporcionou ao adversário a abertura do placar aos 32 minutos. Com boa posse de bola, mas sem criatividade em campo, a equipe celeste atuou muito aquém de sua capacidade, parecendo pouco interessada na partida e fazendo crer que imaginava que o resultado positivo seria obtido com naturalidade. Ledo engano! Aos 32 minutos, aproveitando falha na saída de bola celeste, a equipe catarinense abriu o placar com o zagueiro Fabiano, trazendo apreensão aos torcedores mineiros.

Desta feita, diferentemente do que ocorreu na primeira partida, as condições do gramado não poderiam ser desculpa para a atuação aquém do esperado. Somente aos 38 minutos o time mineiro teve ao seu favor uma chance clara de gol, em cruzamento de Everton que foi desviado pelo defensor Willian em direção ao seu próprio gol, obrigando seu goleiro a realizar arrojada defesa, com o pé, no puro reflexo.

Com o placar adverso o Cruzeiro tentou pressionar e aos 45 minutos o zagueiro Thiago Carvalho, de cabeça, empatou a partida aproveitando cruzamento oriundo da direita.

No segundo tempo, após receberem bronca do técnico Vagner Mancini nos vestiários, os jogadores celestes retornaram com mais vontade e o espírito lutador se fez refletir no placar aos 21 minutos quando o artilheiro Wellington Paulista desferiu um belo chute de fora da área, acertando o canto inferior esquerdo do goleiro adversário, virando a partida. Cruzeiro 2 a 1.

Com um placar que não lhe interessava a Chapecoense teve que ir para o ataque, abrindo sua defesa. Assim, aos 29 minutos, em bela jogada individual, Anselmo Ramon driblou dois adversários dentro da área e bateu para o gol, ampliando para a equipe da casa.

Aos 33 minutos Roger fez belo lançamento de “três dedos” do meio de campo, alcançando Wellington Paulista na entrada da área adversária. O atacante cruzeirense pedalou à frente do zagueiro e, na saída do goleiro, tocou por cobertura, fazendo outro belo gol e dando números finais à partida. Final: Cruzeiro 4 x 1 Chapecoense. Cruzeiro classificado para as oitavas de final da Copa do Brasil, quando terá como adversário o Atlético Paranaense.

Inobstante sua equipe tenha feito o dever de casa, ao torcedor cruzeirense ficou mais uma vez a impressão de que ela ainda deverá evoluir consideravelmente se quiser almejar títulos importantes nesta temporada.

Abração a todos.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

CAMPEONATO MINEIRO: MARMELADA.
CAMPEONATO GAUCHO: SEM NOVIDADES.



CAMPEONATO MINEIRO: UMA RODADA SEM QUALQUER EMOÇÃO. PURA “MARMELADA”.



Se o Estatuto do Torcedor valesse de verdade esta rodada do campeonato rural, ops, Campeonato Mineiro, haveria de ser anulada.

O que se verificou em campo nas principais partidas deste domingo foi uma perfeita simulação de futebol. Mais lembranram aquelas “luta livres” que atraiam multidões à TV nas noites do início da década de 70, quando os “lutadores” simulavam seus golpes malabarísticos para o delirio da ingênua plateia. Mas naquela época, funcionava! Hoje não.

O América entrou em campo com um time reserva com o intuito de “preservar” seus atletas. O que se questiona é “preservar de quê?” Tinha ele alguma competição paralela importante a justificar tal iniciativa? Vimos nos últimos anos o Cruzeiro fazendo isto em face da disputa paralela da Copa Libertadores da América o que, embora explicasse, jamais justificava esta postura antidesportiva. Vale lembrar que em 2011 o clube acabou se dando muito mal e sequer logrou classificar-se para as finais do Campeonato Estadual, encurtando o caminho do título para seu grande rival, o que gerou duras (e justas) cobranças por parte de sua torcida. Mas, neste domingo, que motivos teria o Coelho para “preservar” seus atletas? Respondo: nada mais do que o enorme descaso para com esta competição. Ele já estava classificado, garantido na terceira colocação, não almejava nada além disso e o adversário, o Guarani, não aspirava qualquer posição superior à até então alcançada. Contudo, sem tomar conhecimento das circunstâncias, o time do interior fez sua parte levando o jogo a sério e aplicou uma sonora goleada: 4 x 0 justíssimos pelo que foi apresentado em campo. Somente o Guarani jogou. O Coelho sequer entrou em campo de verdade.

O Atlético entrou em campo dependendo apenas de um empate para conquistar a primeira colocação na primeira fase e garantir a vantagem nas fases semifinal e final. Não quis alcançar nada além disso. O Tupi, de sua parte, também já garantido nas semifinais, simplesmente fingiu que entrou em campo. O resultado não poderia ser outro: um 0 a 0 sem a menor graça. Foi um verdadeiro “jogo de comadres” do tipo “não me belisca que eu não te dou tapas”. Bobos daqueles que se dispuseram a pagar ingressos para assistir tamanha simulação de futebol.

O único jogo que poderia representar algo importante era Cruzeiro x Uberaba. Não em face dos interesses do clube da Capital, já garantido como o segundo colocado da fase preliminar, mas em decorrência da situação desesperadora do Zebu, que entrou em campo praticamente rebaixado. Este até que tentou e logrou fazer 2 a zero contra os celestes. Entretanto, quando os jogadores da Capital se viram diante da situação adversa, decidiram “levar a coisa a sério” e viraram para 3 x 2. Não sem algum drama, já que o gol da vitória só saiu nos acréscimos. Fez o dever de casa e nada mais. Resultado: Vitória do Cruzeiro, sem merecer. Uberaba rebaixado. Bom para o Wellington Paulista, autor de dois gols e que assumiu a artilharia isolada do campeonato, com 10 gols.

Para este Estadual sem graça passar a ser interessante, só mesmo reativando os pontos corridos. Se a competição fosse nestes moldes, pelo menos Atlético e Cruzeiro teriam chegado a esta rodada com alguma disposição para buscar resultados interessantes (neste caso específico o Galo teria sido campeão), mas tanto os alvinegros quanto os celestes teriam chegado à última rodada com vontade de jogar. Não seria como nesta rodada, onde presenciamos meras simulações de futebol.



GAUCHÃO: SEM NOVIDADES NO FRONT. VITÓRIAS DE INTER, NO SÁBADO E GRÊMIO, NO DOMINGO, COLOCAM AMBOS NA SEMIFINAL DA TAÇA FARROUPILHA.



No Gauchão 2012, nada de novo. Após os jogos deste final de semana Inter e Grêmio chegam às semifinais da Taça Farroupilha (segundo Turno do Gauchão).

Neste sábado, 14/04/2012, com gols de Gilberto, aos 12, Leandro Damião, aos 40 e D’Alessandro, de Pênalti aos 46 do segundo tempo, o Inter fez o dever de casa e bateu o Cerâmica por 3 a 0 pelas quartas de final da Taça Farroupilha (segundo turno do Campeonato Gaucho), classificando-se para a semifinal contra o Veranópolis no próximo final de semana.

Foi um jogo morno no primeiro tempo, com algumas oportunidades desperdiçadas. No segundo tempo a equipe Colorada fez valer sua maior categoria e não teve maiores dificuldades para liquidar a fatura.

Já o Grêmio não fez cerimônias no Olímpico neste domingo e goleou o Ypiranga por 4 x 0 rebaixando a equipe de Erexim. Após perder várias oportunidades, o Tricolor abriu o placar com Werley, aos 34 minutos. Logo depois ampliou com André Lima. No segundo tempo, sem precisar forçar muito, Fernando e novamente Werley fecharam a goleada para a equipe da Capital, que agora faz a outra semifinal da Taça Farroupilha em jogo único contra o Canoas no próximo final de semana.



Grande abraço.




sábado, 14 de abril de 2012


A IMPORTÂNCIA DAS EQUIPES MINEIRAS E GAUCHAS NO CENÁRIO NACIONAL. A FORÇA DE SUAS RESPECTIVAS TORCIDAS  E AS CONQUISTAS DE CADA CLUBE.


Se, como dito em nossa postagem anterior, os clubes mineiros e gaúchos não dispõem do mesmo espaço na mídia nacional, tal se dá em face da grande má vontade dos jornalistas e demais profissionais da área esportiva para com tais equipes. Muitos comentaristas chegam mesmo a demonstrar total desconhecimento a respeito do que se passa com referidas agremiações, o que nos parece uma enorme incompetência. Ora, se o sujeito se propõe a ser jornalista ou comentarista esportivo, trabalha em um programa especializado e tem de conversar a respeito no ar, o mínimo que dele se espera é que se inteire previamente a respeito dos principais aspectos que cercam o esporte, inclusive quanto ao que ocorre fora de sua praça de trabalho, evitando assim falar besteira ou demonstrar ignorância, o que infelizmente ainda é muito comum, .

Não há justificativa para que um programa televisivo transmitindo em rede nacional dedique, por exemplo, 45% do total de seu tempo aos clubes de São Paulo, outro tanto para os clubes do Rio de Janeiro e apenas 10% para serem divididos entre todos os clubes das demais regiões do Brasil. Quando muito, fazem a caridade de dispor de 5% do espaço para aos clubes mineiros e gaúchos.

A seguir passaremos a demonstrar por que os clubes de Minas e do Rio Grande do Sul merecem mais espaço midiático e por quê têm o mesmo peso e importância que os grandes do eixo Rio-São Paulo no cenário nacional, embora aparentemente não seja esta a opinião dos comentaristas esportivos e das emissoras de TV. Vejamos, pois:

1)  A GRANDEZA DAS SUAS TORCIDAS:



Embora reconheçamos que as pesquisas efetuadas com o intuito de se dimensionar as torcidas dos clubes brasileiros não possam ser consideradas cegamente confiáveis, é inquestionável que a repetição delas ao longo dos anos, gerando sempre resultados semelhantes, demonstra uma tendência que não pode ser ignorada. As conclusões que apresentaremos a seguir encontram-se fulcradas em diversas pesquisas realizadas ao longo dos últimos vinte anos e que apresentaram basicamente os mesmos resultados, com pouquíssimas divergências. Ao final deste tópico apresentaremos os sites onde o leitor poderá comprovar o que dizemos. Em resumo, referidas pesquisas concluem o seguinte:

> Flamengo (a primeira) e Corinthians (a segunda) são, disparadas, as maiores torcidas brasileiras.

> A seguir, próximas da metade das duas anteriores, vêm as torcidas de São Paulo e Palmeiras.

>  A do Vasco vem isolada em quinto lugar, contudo, com diferença pequena em relação à sexta e sétima colocadas.



     À esquerda, torcida do Cruzeiro no  Mineirão.


   Abaixo, torcida do Grêmio no Olímpico.
                                                                            
> O sexto lugar entre as torcidas brasileiras vem se alternando ao longo destes vinte anos entre as torcidas de CRUZEIRO e GRÊMIO. Ora aparecem os cruzeirenses em sexto e os gremistas em sétimo, ora os tricolores em sexto e os celestes em sétimo. A diferença entre elas, contudo, é sempre muito pequena, o que pode ser considerado um “empate técnico”.


 > As torcidas de SANTOS, INTERNACIONAL e ATLÉTICO têm ocupado sempre a oitava, a nona e a décima colocação, também trocando de posições entre si e com diferenças pouco consideráveis.





À direita, torcida do Internacional no Beira Rio.







Abaixo, torcida do Galo no Mineirão.


 



        > Mais atrás e sem ameaçar as anteriores,  brigando pela décima-primeira e décima-segunda posições, encontram-se as torcidas de FLUMINENSE e BOTAFOGO, também com números muito próximos entre si.

> Como se pode observar, GRÊMIO e CRUZEIRO nunca saem dos 6º e 7º  lugares e encontram-se sempre à frente da torcida do SANTOS. Já INTERNACIONAL e ATLÉTICO aparecem invariavelmente à frente de BOTAFOGO e FLUMINENSE.


Quanto às torcidas cariocas podemos dizer que com exceção da rubro-negra, que é uma verdadeira nação (a maior torcida do mundo), as três outras somadas (VASCO, FLUMINENSE e BOTAFOGO), perdem para a soma das de GRÊMIO, CRUZEIRO e INTERNACIONAL (ou ATLÉTICO). E mais: se somarmos as torcidas dos cariocas VASCO, FLUMINENSE e BOTAFOGO mais a do paulista SANTOS, jamais atingiremos o montante resultante da soma das torcidas de CRUZEIRO, GRÊMIO, INTERNACIONAL e ATLÉTICO MINEIRO. Vale dizer: A soma das torcidas destes quatro grandes do eixo RIO-SÃO PAULO perde, em muito, para a soma das torcidas dos quatro grandes mineiros e gauchos. 

As constatações acima demonstram que ao desprezarem ou simplesmente ignorarem os clubes de Minas e do Rio Grande do Sul, os profissionais da mídia nacional estão a menosprezar um gigantesco universo de torcedores que não pode ser desconsiderado. Note-se que, às vezes, ficamos à frente da TV por quase duas horas assistindo a um programa esportivo durante o qual os debatedores discutem minutos a fio sobre as tranças do Vagner Love,  sobre a cachaça do Adriano ou a respeito da namorada do Neymar e, bem no final do programa, quando finalmente decidem falar a respeito dos clubes de fora do eixo, fazem-no com um indisfarçavel pouco caso, com comentários demasiadamente superficiais e sintéticos. É uma enorme frustração para o torcedor destes clubes!

Conforme mencionamos anteriormente, os dados das pesquisas que resultaram nas conclusões aqui expostas podem ser constatados através de uma breve consulta às diversas pesquisas existentes, algumas das quais podem ser acessadas nos seguintes endereços:

Ranking de torcidas da FIFA (2011)

                                                                                        
Ranking 2012

Pesquisa Datafolha 1993/2007

Pesquisa Placar / Lance 2010










2)  AS CONQUISTAS DE MINEIROS E GAUCHOS NADA DEVEM AOS ÊXITOS DOS CLUBES CARIOCAS. PELO CONTRÁRIO, SUPERAM-NOS EM MUITO:


Taça Libertadores da América



Efetuamos uma pesquisa para identificarmos os títulos obtidos por todos os doze grandes clubes brasileiros e atribuímos uma pontuação específica para cada conquista, de acordo com a sua importância. Consideramos apenas aquelas competições que poderiam contar, ao menos em tese, com todos os doze grandes clubes brasileiros. Não foram consideradas, portanto, as competições regionais que, justamente por sua natureza regional, impunham restrições à participação de agremiações de outras localidades. Exemplos: Torneio Rio-São Paulo, Copa Sul-Minas, Copa Centro-Oeste, etc.

      .                                                                                                  Taça do torneio Mundial de clubes
                                               



Embora nós, brasileiros, tenhamos o costume de dizer que o vice-campeão é o “primeiro dos últimos”, é certo que o segundo lugar em uma competição oficial é deveras importante. Chegar a uma final de campeonato, participar da festa, estar lá competindo, é sempre uma alegria para os envolvidos, ainda que não se alcance a vitória no final. Aliás, muitas vezes o simples fato de fazer a final já é uma enorme vitória. Que o digam os torcedores de equipes de pequeno ou médio porte como o São Caetano, por exemplo, que chegou a duas finais consecutivas do brasileirão (2000 e 2001) e a uma da Libertadores da América (2002), inobstante não tenha logrado conquistar o título. A medalha de prata em uma Olimpíada é, na maioria das vezes, um sonho acalentador para muitos. Por isso mesmo atribuímos, também, uma pontuação correspondente à metade daquela estabelecida para o campeão, aos vice-campeões de cada competição (exceção feita aos vice-campeões da Copa Intercontinental pelas razões que no devido momento apresentaremos).









Ressalte-se, outrossim, que na pontuação distribuída foram consideradas não apenas as conquistas dos grandes clubes, mas de todas as agremiações que lograram arrebatar títulos para os seus respectivos Estados.

Taça do Campeonato Brsileiro de Futebol



Consideramos as competições abaixo relacionadas, todas oficiais, e estabelecemos a pontuação a seguir indicada:

COMPETIÇÃO    
 PONTOS  POR TÍTULO:   
PONTOS  PELO VICE-CAMPEONATO:
MUNDIAL DE CLUBES:    
   7,0
   3,5
COPA INTERCONTINENTAL:
   7,0
   0,0
COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA:
   6,0
   3,0
CAMPEONATO BRASILEIRO:         
   5,0
   2,5
COPA DO BRASIL
   4,0
   2,0
SUPERCOPA DOS CAMPEÕES DA LIBERTADORES
   3,0
   1,5
COPA MERCOSUL
   3,0
   1,5
COPA CONMEBOL
   2,0
   1,0
COPA SULAMERICANA
   2 ,0
   1,0
TORNEIO SUL AMERICANO DE 1948
   2,0
   1,0
SUPERCOPA DOS CAMPEÕES INTERCONTINENTAIS:         
   1,0
   0,5
RECOPA SULAMERICANA
   1,0
   0,5
COPA OURO       
   1,0
   0,5


Como e por quê foi definida a pontuação da forma acima especificada:

Atribuimos 1 (um) ponto para o campeão e metade (0,5 ponto) para o vice, nas competições oficiais sul americanas de menor expressão, consistentes de poucas partidas (casos da RECOPA SULAMERICANA e da COPA OURO – compostas apenas pelas finais), bem como às disputas realizadas em pouquíssimas edições. Nesta categoria inserimos a SUPERCOPA DOS CAMPEÕES INTERCONTINENTAIS (disputada apenas em 1968 e 1969). Representam muito pouco na galeria de títulos do clube vencedor.


Atribuimos 2 (dois) pontos para os vencedores (e 1 ponto para os vice-campeões) da COPA CONMEBOL e para a COPA SULAMERICANA. Quanto à primeira porque, quando da sua criação, envolvendo apenas equipes que não disputavam as duas principais competições continentais (a COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA e a SUPERCOPA LIBERTADORES DA AMÉRICA), ocupava a singela posição de terceira competição em importância dentro do continente. À segunda, porque nada mais é do que a sucessora da primeira, sendo disputada apenas por equipes que não lograram se classificar para a competição principal do continente.

Também atribuímos 2 (dois) pontos para o campeão SULAMERICANO DE 1948 porque o torneio foi promovido por um clube (o COLO COLO, do Chile) e, embora oficializado pela Confederação Sul Americana de Futebol, ocorreu apenas uma única edição sem qualquer continuidade posterior. Inobstante tenha sido conferido ao VASCO DA GAMA o direito de disputar a última edição da SUPERCOPA DOS CAMPEÕES DA LIBERTADORES justamente em face de ter ficado com o título da edição única de 1948 tratou-se, na verdade, de uma mera liberalidade da Confederação que, em absoluto, jamais pretendeu equipará-la à COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA, principal competição oficial do continente. Tampouco cogitou-se de lhe conferir o mesmo valor e grau de importância da competição maior.



Atribuimos 3 (três) pontos para os vencedores e 1,5 para os vices da SUPERCOPA DOS CAMPEÕES DA LIBERTADORES e da COPA MERCOSUL. A SUPERCOPA foi criada com o status de segunda competição em importância na América do Sul, e era disputada apenas pelas equipes já vencedoras da COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA. Assim sendo, somente participavam da competição equipes já possuidoras de tradição no futebol continental, apresentando alto grau de dificuldade para a sua conquista. Disputada de 1988 a 1997, foi extinta e substituída pela COPA MERCOSUL em 1998, também disputada apenas por equipes bem colocadas no ranking da Confederação, razão pela qual atribuímos a esta o mesmo peso da competição que a precedeu.

Para os vencedores da COPA DO BRASIL atribuímos 4 (quatro) pontos (2, para os vice-campeões). Embora não se trate de uma competição internacional ela possui, sem sombra de dúvida, maior importância que as anteriormente mencionadas. Esta assertiva pode ser comprovada indagando-se a qualquer torcedor, de qualquer agremiação, se ele prefere que seu time vença a COPA DO BRASIL ou algum destes outros torneios continentais referidos. Certamente a escolha recairá sobre a competição nacional.


Para o CAMPEONATO BRASILEIRO, a mais importante competição do futebol nacional, atribuímos 5 pontos para o vencedor e 2,5 pontos para o segundo colocado.


Equipe do Internacional, campeão brasileiro invicto de 1979



Em 1971 o Atlético Mineiro ergueu a taça do Campeonato
Brasileiro após vencer o Botafogo no Maracanã.


Aos vencedores COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA, principal torneio futebolístico do Continente, atribuímos 6 pontos (3 para os vices).



Em 1997 jogadores do Cruzeiro comemoram, pela segunda vez na história do clube, a conquista da Taça Libertadores da América.



Atribuímos 7 (sete) pontos para os campeões da COPA INTERCONTINENTAL, que era disputada anualmente entre o campeão da COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA e o CAMPEÃO EUROPEU. Para esta competição não atribuímos pontuação ao vice-campeão porque a disputa era entre apenas dois clubes. Assim sendo, uma vez Campeão da Libertadores, a equipe já era automaticamente vice-campeã intercontinental. Caso lhe atribuíssemos pontuação para esse vice-campeonato estaríamos automaticamente aumentando a pontuação do título da libertadores, o que não seria justo para com os vice-campeões mundiais posteriores a 2004, que tiveram que bater outros adversários no torneio para lograrem chegar à final da competição.

 Em 1983 o Grêmio conquistou o mundo.
Para o campeão MUNDIAL DE CLUBES, torneio disputado à partir de 2005, também atribuímos 7 pontos, contudo, entendemos que neste caso o vice-campeão também merece pontuação (3,5 pontos) porque sua chegada à final não decorrente automaticamente  do título sul americano, mas lograda em disputa preliminar com outros campeões continentais.

Entendemos que o TORNEIO MUNDIAL DE CLUBES vencido pelo CORINTHIANS em 2000 não é exatamente o mesmo MUNDIAL DE CLUBES da FIFA disputado atualmente. Isto porque que contou com equipe meramente convidada e com os campeões continentais de 1998, ou seja, não eram os últimos campeões continentais (de 1999) que já eram então conhecidos. Ademais, naquele ano ocorreu normalmente a final mundial interclubes (Copa Intercontinental), vencida pelo Boca Juniors que bateu o Real Madrid. Em nossa opinião a equipe argentina é a unica e verdadeira campeã mundial no ano 2000. Entretanto, como se trata de competição oficial, o vencedor da Copa Intercontinental não era brasileiro (inexistindo, assim, qualquer prejuízo para os demais quanto à contagem dos pontos) e a fim de se evitarem polêmicas, na presente estimativa decidimos atribuir ao clube paulistano os mesmos 7 pontos dos demais campeões mundiais (estes, sim, verdadeiros campeões, que disputaram o torneio classificados pelo mérito de terem vencido a competição continental).

 Vejamos então o quadro comparativo das conquistas realizadas pelos mineiros e gaúchos face aos êxitos das agremiações cariocas e paulistas, bem como e a pontuação alcançada pelos respectivos estados em decorrência das vitórias dos seus clubes:

RELAÇÃO COMPARATIVA DE TÍTULOS/CLUBE/ESTADO E PONTUAÇÃO DE CADA CONQUISTA

TORNEIO
CLUBES DE SÃO PAULO
CLUBES DO RIO DE JANEIRO
CLUBES DE MINAS E RIO G. DO SUL


NÚMERO DE CAMPEÕES E ANOS DOS TÍTULOS
NÚMERO DE VICE-CAMPEÕES E ANOS DOS TÍTULOS
TOTAL PTOS.
NÚMERO DE CAMPEÕES E ANOS DOS TÍTULOS
NÚMERO DE VICE-CAMPEÕES E ANOS DOS ÍTULOS
TOTAL PTOS.
NÚMERO DE CAMPEÕES E ANOS DOS TÍTULOS
NÚMERO DE VICE-CAMPEÕES E ANOS DOS TÍTULOS
TOTAL PTOS.

SUPERC. CAMP. INTERCONT.
01 -SANTOS 1968

1







RECOPA SUL AMERICANA
02- SÃO PAULO 92/93
01- SÃO PAULO 2005
2,5

01 – BOTAFOGO 1993
0,5
04- GRÊMIO 95, CRUZEIRO 97, INTER 2006/2010
03-CRUZEIRO 91/92, INTER 2008
5,5

COPA OURO

02-SÃO PAULO 95/96
1
01-FLAMENGO 96

1
01-CRUZEIRO 95
01-ATLÉTICO 93
1,5

SUL AMERICANO DE CLUBES 1948



01 – VASCO1948

2




COPA CONMEBOL
02- SÃO PAULO 94, SANTOS 98

4
01-BOTAFOGO 93

2
02-ATLÉTICO 92/97
01-ATLÉTICO 95
5

COPA SUL AMERICANA




01-FLUMINENSE 2009
1
01-INTER 2008

2

SUPERCOPA LIBERTADORES
01-SÃO PAULO 93
01-SÃO PAULO 97
4,5

02-FLAMENGO 93/95
3
02-CRUZEIRO 91/92
02-CRUZEIRO 88/96
9

COPA MERCOSUL
01-PALMEIRAS 98
02-PALMEIRAS 99/2000
6
02-FLAMENGO 99, VASCO 2000
01-FLAMENGO 2001
7,5

01-CRUZEIRO 98
1,5

COPA DO BRASIL
07-CORINTHIANS 95/02/09, PALMEIRAS 98, STO ANDRÉ 04, PAULISTA 05, SANTOS 2010.
04-PALMEIRAS 96, SÃO PAULO 2000, CORINTHIANS 01/08
36
04-FLAMENGO 90/06, FLUMINENSE 07, VASCO 11.
07-FLUMINENSE 92/05, FLAMENGO 97/ 03/04, BOTAFOGO 99, VASCO 06.
30
10-GRÊMIO 89/94/97/01, INTER 92, CRUZEIRO 93/96/2000/03, JUVENTUDE 99.
05-GRÊMIO 91/93/95, CRUZEIRO 98, INTER 09.
60

CAMPEONATO BRASILEIRO
28-PALMEIRAS 60/ 67/ 67/ 69/ 72/ 73/ 93/ 94, SANTOS  61/62/63/64/65/ 68,02/04, SÃO PAULO 77, 86, 91, 06, 07, 08, CORINTHIANS 90, 98, 99, 05, 11, GUARANI 78.
22-SANTOS 59/66/83/95/03/07, PALMEIRAS 70/78/97, SÃO PAULO 71/73/81/89/90, CORINTHIAN 76, 94/ 02, GUARANI 86, BRAGANTINO 91, PORTUGUESA 96, S.CAETANO 2000/01
195
16-BOTAFOGO 68/95, VASCO 74/89/97/2000/11, FLAMENGO 80/82/83/87/92/  09, FLUMINENSE 70/84/10




08-BOTAFOGO 62/72/92, FLAMENGO 64, VASCO 65/79/84, BANGU 85
100
08-CRUZEIRO 66/03, ATLÉTICO 71, INTER 75/76/79, GRÊMIO 81/96
17-INTER 67/68/87/88/05/06/09, CRUZEIRO 69, 74, 75, 98, 10, ATLÉTICO 77/80/99, GRÊMIO 82/08
82,5

COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA
07-SANTOS 62/63/10, SÃO PAULO 92/93/05, PALMEIRS 99.
08-PALMEIRAS 61/68/2000 SÃO PAULO 74/94/06, S.CAETANO 02, SANTOS 03.
63
02-FLAMENGO 81, VASCO 98
01-FLUMINENSE 08
15
06-CRUZEIRO 76/97, GRÊMIO 83/95, INTER 06/10
05-CRUZEIRO 77/09, INTER 80, GRÊMIO 84/07
51

COPA INTERCONTINENTAL
04-SANTOS 62/63, SÃO PAULO 92/93

28
01-FLAMENGO

07
01-GRÊMIO 83

07

MUNDIAL DE CLUBES
03-CORINTHIANS (?) 2000, SÃO PAULO  05
01-SANTOS 2011
17,5



01-INTER 2006

07

TOTAL DE PONTOS
TOTAL SÀO PAULO
   358,5
TOTAL RIO DE JANEIRO
    169
TOTAL MINAS/RIO GRANDE DO SUL
    232






 

Na atribuição dos pontos ainda há que se mencionar ainda o seguinte:

a)    Os pontos relativos ao campeonato brasileiro de 1987 foram atribuídos ao FLAMENGO (campeão) e ao INTERNACIONAL (vice-campeão), embora a CBF tenha relutado por anos em reconhecer tal título e, quando o fez, houve recurso à Justiça que declarou campeão e Vice o SPORT RECIFE e GUARANI. Na consideração popular, contudo, é pacífico que campeão e vice foram mesmo FLAMENGO E INTERNACIONAL, respectivamente.

b)    A CBF reconheceu os campeões da Taça Brasil e do torneio Roberto Gomes Pedrosa como verdadeiros campeões brasileiros. Ocorre que nos anos de 1967 e 1968 foram disputados ambos os torneios, sendo os respectivos campeões considerados campeões brasileiros. Assim, em 1968 tivemos dois campeões brasileiros: SANTOS, Campeão do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Robertão) e BOTAFOGO, campeão da Taça Brasil. Na tabela acima apresentada foram atribuídos a cada um deles a totalidade dos pontos destinados ao campeão brasileiro (5 pontos para cada equipe)

Em 1967 o PALMEIRAS foi o campeão de ambas as disputas. Foi, portanto, considerado campeão brasileiro duas vezes naquele ano tendo somando, portanto, os 5 pontos de cada competição, totalizando 10.

Como visto, o peso das conquistas dos gaúchos e mineiros, sobretudo pelos seus grandes clubes, coloca o grupo em posIção de igualdade (até mesmo de superioridade) em comparação às conquistas obtidas pelos integrantes do eixo Rio-São Paulo. Aliás, como se constata, a comparação é amplamente desvantajosa para os cariocas (232 pontos para as conquistas de mineiros/gaúchos contra 169 relativas aos títulos arrebatados pelos clubes da Cidade Maravilhosa)oncedidos aos clubes cariocas.m .

Face ao exposto, entendemos que gaúchos e mineiros deveriam receber da mídia, juntos,  pelo menos o mesmo espaço e atenção concedidos aos clubes cariocas. Esperamos que isto um dia venha a ocorrer.

 Grande abraço a todos.